61º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo – CBGO 2023

Dados do Trabalho


TÍTULO

PERSISTÊNCIA DO HPV - NEOPLASIA DA VAGINA: RELATO DE CASO

CONTEXTO

O câncer de vagina é uma neoplasia de baixa incidência, acometendo principalmente mulheres no início da sexta década de vida. O tipo histológico mais frequente é o carcinoma de células escamosa ou epidermóide. Inicialmente pode ser assintomático, todavia com a sua progressão pode se observar hemorragia e descarga vaginal indolor e prurido
A vagina é um sítio comum de metástase de neoplasias ginecológicas, seja por extensão direta de tumores de colo e vulva, ou por disseminação linfática ou vascular.
A carcinogênese do câncer de vagina pode ser Papilomavírus Humano (HPV) induzida e não HPV induzida. Por isso, na história de infecção deve-se acompanhar a paciente.
Os fatores de risco para a neoplasia são tabagismo, número de parceiros, sexarca precoce, baixo status socioeconômico, histórico de verrugas genitais, passado de contágio pelo HPV. O diagnóstico é realizado através do exame ginecológico e da colposcopia. O presente relato visa atentar a importância do seguimento em paciente com lesão prévia por HPV mesmo após histerectomia.

DESCRIÇÃO DO(S) CASO(S) ou da SÉRIE DE CASOS

Paciente, sexo feminino, 50 anos, G2P1A1, nega tabagismo ou etilismo, nega comorbidades , nega história previa de contagio por HPV ou outra IST. QP: encaminhada para cirurgia ginecológica HDA: Paciente assintomática , veio encaminhada após colposcopia por lesão de alto grau para avaliar cirurgia. Mostrou exames anuais de seguimento com colposcopia e citologia evidenciando lesão de baixo grau em vagina . Exame Físico: vulva atrófica ,sem lesões visíveis .Exame especular : vagina em fundo cego, com hipotrofia em toda parede , sem lesões visíveis. HPP: histerectomia total devido miomatose uterina há 20 anos, que histopatológico evidenciou lesão de baixo grau na junção escamo-colunar. Citologia oncótica de janeiro de 2023 : negativa para neoplasia, Colposcopia: lesão acetobranco denso em parede lateral direita onde foi realizada biópsia . Resultado: neoplasia intraepitelial vaginal grau 3.

COMENTÁRIOS

Por estar relacionada ao HPV pode existir lesões em outros sítios genitais, destacando-se o colo uterino. O rastreamento de rotina, após histerectomia por doença benigna, geralmente não é recomendado, pois essas mulheres apresentam risco baixo de desenvolver câncer vaginal. Já as com história de neoplasia intraepitelial cervical ou câncer do colo do útero apresentam risco aumentado, e há controvérsias sobre a necessidade do rastreamento citológico. Devido à esta associação o deve ser rastreado em paciente com história de HPV, mesmo sem colo.

PALAVRAS-CHAVE

câncer vagina; neoplasia ginecológica; HPV;

Área

GINECOLOGIA - Oncologia Ginecológica

Autores

Maria Clara Serra Soeiro, Maria Eduarda Queiroz de Almeida Soares, Ana Julia Rocha da Silva, Jussara Fresta de Moura, Daisy Melo Ribeiro, Bruna Obeica Vasconcellos, Marcos Paulo Cardoso Marques, Jacqueline Assumção Silveira Montuori